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Tratamento do alcoolismo

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Mensagem  Camila F Correa Ter Nov 26, 2013 1:41 pm

Abordagem a esse paciente engloba: Se esse paciente realmente quer tratar. O dependente químico que não aceita tratamento sua condição é muito mais difícil, pois só possui algum grau de sucesso a internação compulsória (contra a própria vontade) em caso de risco de vida para ele próprio ou a outras pessoas. Devemos dar a importância devida ao problema, quando há risco de suicídio ou violência a outrem.O tratamento farmacológico, psicoterápico e apoio familiar são tripés do tratamento.

1-Tratamento integrado e organização de serviço
2-Tratamento psicoterápico
3- Tratamento farmacológico
1-Tratamento integrado e organização de serviço
A Abordagem integrada tem o intuito de aumentar aderência ao tratamento , persuasão acerca da relação abuso de substâncias e transtorno psiquiátrico e tratamento concomitante dos dois distúrbios.
Os serviços de tratamento do dependentes de álcool tem pouca experiência com saúde mental, como por exemplo pacientes psicóticos, bipolares ou graves transtorno de personalidade. esses programas podem incluir desde a conscientização até programas multidisciplinares de atendimento familiar.
Em geral uma equipe para lidar com dependência química deve ter conhecimento de questões psicoterápica familiar e individual. Não adianta tratar dependência apenas com psicofármaco. Por isso a abordagem deve ser multiprofissional com psicólogos, médicos,... o que raramente se tem na APS. Professor prefere contar com apoio do CAPS ou de outra especialidade. Outro ponto importante que podemos na APS atuar mais é o apoio aos familiares, pios muitas vezes a dinâmica familiar pode dificultar ou acelerar o tratamento. E é comum os familiares terem a Síndrome da co-dependência, já lidam com a situação a tanto tempo que se acostumam a ela e muitos vezes também possuem um comportamento que precisa ser tratado.
Local de tratamento: preferência do paciente, família, conhecimento e capacidade da equipe
2-Tratamento psicoterápico
Em relação as psicoterapias, as principais são as cognitivas-comportamentais e de casal. As terapias também demostram bastante eficácia nos tratamentos de doença mental
3- Tratamento Farmacológico
1 -Dissulfiram
atua causando no paciente, ao ingerir bebida alcóolica, vários efeitos colaterais como mal estar, vômito, prurido, placas,fazendo com que o paciente evite usar álcool. Para se fazer uso desse medicamento, é necessário um termo de consentimento livre esclarecido ao paciente sobre o uso do dissulfiram. Tem familiares que pedem pelo medicamento para por escondido na comida e isso é a maior roubada, pois o paciente corre risco de vida mesmo, pelo efeito antiabuse.. Isso é como um empurrãozinho a mais, mas mesmo assim muitos pacientes se sabotam e param de usar ao beber.

2- Naltrexone
antagonista opiáceo que inibi ou diminui a sensação de prazer causada pela bebida, diminuindo a vontade de beber. Antes era para uso de cocaína.
3- acomprosato
Acamprosato e alguns anticonvulsivantes (como topiramato) – tem efeito nos receptores gabaérgicos Não tem problema em juntar 2 desses medicamentos. Algumas pacientes com quadro depressivo usam a sertralina, um dos fármacos mais prescrito ao dependente. Baclofeno – medicação para uso neurológico, anticonvulsivante,

4- acomprosato naltrexone
5-sertalina e naltrexone
6-topiramato
Alguns estudos orientam que ao tentar parar de beber, iniciar tratamento junto para largar o cigarro, pois muitas vezes se você mantém um dos 2, um pode ser gatilho para o uso do outro.
Síndrome da Abstinência Alcóolica:
Um problema que pode aparecer que é a Síndrome da Abstinência Alcóolica (SAA).
Início após 6 a 12 horas após último drink, e por isso, muitos pacientes bebem de manhã pois beberam até tarde e quando acordam já estão sentindo a falta da substância no SNC. Pode durar de 24 a 96 horas, ou seja, até 4 dias de sintomas e isso é importante que o paciente entenda, de que vai passar, ele não vai ficar daquele jeito. A possibilidade de ocorrer sintomas piores como: convulsões (24 a 72 horas) e delirium tremes (72 a 96 horas). No Delirium tremes temos uma variação do nível de consciência, febre de origem central, que por ser uma condição clínica grave mais tardia, devemos acompanhar nosso paciente até o fim dessa SAA, por isso na nossa anamnese é importante saber há quantos dias ele está sem ingerir álcool.

Camila F Correa

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