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Exame da Cavidade Nasal

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Mensagem  Gustavo F. Nascimento Sex Dez 20, 2013 4:07 pm

Exame da Cavidade Nasal


Na inspeção externa observam-se as alterações anatômicas, sequelas de traumas, malformações congênitas, edemas ou processos inflamatórios. Na pirâmide nasal, especial atenção na presença de assimetrias e abaulamentos. Na base nasal, verifica-se o vestíbulo, a columela e a abertura Antero-inferior com os orifícios narinários.
Na palpação do nariz pesquisa-se os pontos sensitivos e as alterações das formas dos ossos nasais e das cartilagens, como escolioses, selas, assimetrias e ulcerações. Traços de fraturas e pequenas assimetrias provocadas por estas, podem ser sentidas com os dedos e são caracterizados como sinal do degrau. Nos distúrbios motores e sensitivos procuram-se as alterações da motilidade e da sensibilidade, lembrando que distúrbios da sensibilidade podem gerar pseudo-obstrução nasal.
Para se examinar o vestíbulo nasal observa-se o mesmo durante várias inspirações e expirações. Em seguida, levanta-se a ponta e caso necessário, afasta-se lateralmente a asa do nariz. Em casos de obstrução nasal severa, podemos ver o colabamento da asa nasal, durante a fase inspiratória da respiração.

Rinoscopia Anterior:

Consiste na inspeção da cavidade nasal com o auxílio de um espéculo nasal. Este é introduzido no vestíbulo, com as lâminas fechadas, e sua porção superior levemente lateralizada. A seguir, as lâminas são abertas suavemente, para se ter visão das estruturas do interior da fossa nasal como o septo, conchas, assoalho, válvula e, em alguns casos, meato médio e concha média. Fixa-se a asa do nariz com o dedo indicador, em seguida com o espéculo aberto impedindo movimentos bruscos da cabeça do paciente causarem traumatismos intranasais. Da mesma forma, evita-se pressão sobre a parede lateral, a concha inferior e a parte anterior do septo, evitando dor e até sangramento.
Por meio da rinoscopia anterior comprova-se a existência de exsudatos, pólipos, neoplasias, hipertrofia de cornetos, desvios do septo e corpos estranhos.
Existem duas posições básicas de rinoscopia anterior:
-A que permite ver a parte baixa da fossa nasal, em que o espéculo é colocado voltado para o assoalho, detalhando as conchas inferiores, meato inferior, parte anterior do vômer e da cartilagem quadrangular;
-E a outra, com o espéculo voltado para cima e com a cabeça hiperextendida, que nos dá a visão do alto da fossa nasal, concha média, porção septal alta e zona olfativa.
Em crianças o melhor é usar o espéculo otológico, pois o nasal é grande, dificultando o exame e, muitas vezes, assustando os pequenos pacientes, Recém-nascidos ou crianças não colaborativas devem estar previamente imobilizadas, fixando-se bem a cabeça para evitar manipulações traumáticas. Pode-se ter uma ideia das estruturas intranasais levantando a ponta do nariz com o dedo polegar, porém esta técnica é limitada.
A segunda etapa da rinoscopia é sempre realizada após vasoconstricção das conchas nasais. Esta é obtida com a colocação de mechas de algodão embebido em solução fisiológica ou anestésica com vasoconstrictor na concentração de 1:80000 a 1:200000, deixada por alguns minutos e que, após retiradas, permite ampla visão da cavidade nasal, inclusive da parte posterior e, em fossas nasais amplas e grandes, até das coanas e rinofaringe. Atenção aos pacientes portadores de hipertensão arterial, cardiopatias, glaucoma ou outras afecções, em que é perigoso o uso de vasoconstrictores tópicos. As alterações importantes a serem verificadas são: aspecto e cor da mucosa, vascularização, presença de secreção, aspecto e características da secreção, desvios do septo nasal, edema das conchas nasais, presença de vasos dilatados na área de Kisselbach ou Little, presença de tumores, ulcerações, perfurações e corpos estranhos. A rinoscopia posterior com espelho, um método clássico caiu em desuso após o advento dos telescópios nasais.


Referências:
Porto, C.C. Semiologia Médica. 5 ª edição. Editora Guanabara Koogan. Goiânia, 2005;


http://revista.hupe.uerj.br/detalhe_artigo.asp?id=201.

 

Gustavo F. Nascimento

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