DIAGNÓSTICO E MANEJO DO USO NOCIVO DO ÁLCOOL
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DIAGNÓSTICO E MANEJO DO USO NOCIVO DO ÁLCOOL
DIRETRIZES DIAGNÓSTICAS NA IDENTIFICAÇÃO DE PACIENTES COM USO NOCIVO DE ÁLCOOL:
O diagnóstico requer que um dano real tenha sido causado à saúde física e mental do usuário
Padrões nocivos de uso são frequentemente criticados por outras pessoas e estão muitas vezes associados a consequências sociais diversas de vários tipos. O fato de que um padrão de uso de bebidas não seja aprovado por outra pessoa, pela cultura ou possa ter levado a consequências socialmente negativas, tais como prisão ou brigas conjugais, não é por si só evidência de uso nocivo.
A intoxicação aguda ou a "ressaca", isoladamente, não é evidência suficiente do dano à saúde requerido para codificar uso nocivo.
(Adaptado da CID-10)
Achados clínicos frequentes em pacientes com problemas relacionados ao uso do álcool:
Alterações hepáticas: elevação de gama-GT, de transaminases e das bilirrubinas e diminuição da atividade da protrombina.
Alterações hematológicas: anemia, trombocitopenia, macrocitose sem anemia
Outras: elevação de triglicérides, colesterol, ácido úrico, creatinofosfoquinase e aldolase, além de hipoproteinemia.
MANEJO:
O médico precisa esclarecer, tanto para o paciente quanto para seus familiares, a associação entre o álcool e os problemas a ele relacionados. É preciso explicar o estado atual de saúde, os riscos a que estará exposto o paciente se nada for feito em relação ao seu padrão de consumo, o que pode ser feito e estratégias para fazê-lo.
O tratamento envolve a modificação do padrão de ingestão que contribuiu para o quadro com abstinência do álcool. Quando algum manejo específico está indicado, como reposição de enzimas pancreáticas, se pancreatite crônica.
Para pacientes sem comprometimento grave e que apresentam motivação para mudança, os chamados tratamentos breves podem ser um recurso inicial apropriado.
A intervenção envolve o ensino de métodos de auto-controle para atingir o objetivo de abstinência ou moderação do consumo. Outros procedimentos incluem além de materiais impressos para o paciente, o estabelecimento de metas, a automonitorização do consumo, a identificação e antecipação, para cada pessoa, de situações de risco para recaída, o ensino de habilidades e estratégias de enfrentamento dessas situações, a modificação de crenças e expectativas acerca do uso de bebidas alcóolicas e a promoção de modificações no estilo de vida.
Esquema de contatos de rotina para a monitorização e reforço dos sucessos alcançados em direção às metas previamente estabelecidas em conjunto, demonstrando a preocupação continuada. Nessas ocasiões, revisam-se todas as etapas já percorridas, os registros trazidos pelos pacientes e os níveis de gama-GT, que devem ser dosados sistematicamente.
Referências: Abuso e dependência do Álcool - Projeto Diretrizes e Capítulo 56 do livro do Duncan - Medicina Ambulatorial - Proteção da Saúde e Prevenção das Doenças do Adulto e Idoso
O diagnóstico requer que um dano real tenha sido causado à saúde física e mental do usuário
Padrões nocivos de uso são frequentemente criticados por outras pessoas e estão muitas vezes associados a consequências sociais diversas de vários tipos. O fato de que um padrão de uso de bebidas não seja aprovado por outra pessoa, pela cultura ou possa ter levado a consequências socialmente negativas, tais como prisão ou brigas conjugais, não é por si só evidência de uso nocivo.
A intoxicação aguda ou a "ressaca", isoladamente, não é evidência suficiente do dano à saúde requerido para codificar uso nocivo.
(Adaptado da CID-10)
Achados clínicos frequentes em pacientes com problemas relacionados ao uso do álcool:
Alterações hepáticas: elevação de gama-GT, de transaminases e das bilirrubinas e diminuição da atividade da protrombina.
Alterações hematológicas: anemia, trombocitopenia, macrocitose sem anemia
Outras: elevação de triglicérides, colesterol, ácido úrico, creatinofosfoquinase e aldolase, além de hipoproteinemia.
MANEJO:
O médico precisa esclarecer, tanto para o paciente quanto para seus familiares, a associação entre o álcool e os problemas a ele relacionados. É preciso explicar o estado atual de saúde, os riscos a que estará exposto o paciente se nada for feito em relação ao seu padrão de consumo, o que pode ser feito e estratégias para fazê-lo.
O tratamento envolve a modificação do padrão de ingestão que contribuiu para o quadro com abstinência do álcool. Quando algum manejo específico está indicado, como reposição de enzimas pancreáticas, se pancreatite crônica.
Para pacientes sem comprometimento grave e que apresentam motivação para mudança, os chamados tratamentos breves podem ser um recurso inicial apropriado.
A intervenção envolve o ensino de métodos de auto-controle para atingir o objetivo de abstinência ou moderação do consumo. Outros procedimentos incluem além de materiais impressos para o paciente, o estabelecimento de metas, a automonitorização do consumo, a identificação e antecipação, para cada pessoa, de situações de risco para recaída, o ensino de habilidades e estratégias de enfrentamento dessas situações, a modificação de crenças e expectativas acerca do uso de bebidas alcóolicas e a promoção de modificações no estilo de vida.
Esquema de contatos de rotina para a monitorização e reforço dos sucessos alcançados em direção às metas previamente estabelecidas em conjunto, demonstrando a preocupação continuada. Nessas ocasiões, revisam-se todas as etapas já percorridas, os registros trazidos pelos pacientes e os níveis de gama-GT, que devem ser dosados sistematicamente.
Referências: Abuso e dependência do Álcool - Projeto Diretrizes e Capítulo 56 do livro do Duncan - Medicina Ambulatorial - Proteção da Saúde e Prevenção das Doenças do Adulto e Idoso
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