Pré-natal de risco habitual x alto risco
MEDICINA UFOP :: 2013-2 :: Luiz Fernando
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Pré-natal de risco habitual x alto risco
O objetivo do acompanhamento pré-natal é assegurar o desenvolvimento da gestação, permitindo o parto de um recém-nascido saudável, sem impacto para a saúde materna. O número de consultas preconizadas pelo MS é de 6 consultas. Uma gestante de baixo risco não apresenta maior risco de complicações com um menor número de consultas, mas para uma gestante de alto risco o acompanhamento é muito importante. Nesse caso, as consultas deverão ser mensais até a 28ª semana, quinzenais entre a 28ª e a 36ª semanas e semanais no termo.
Devido a alguns fatores de risco, algumas gestantes apresentam maior probabilidade de evolução desfavorável da gestação, sendo nesse caso chamadas de “gestantes de alto risco”. A avaliação do risco de uma gestante deve ser contínua, acontecendo em toda consulta de pré-natal, devido à velocidade com que as alterações podem surgir e a complexidade que podem possuir
O mais importante para o acompanhamento do pré-natal é saber diferenciá-lo quanto ao seu risco e saber que nem todo pré-natal de alto risco deve ser encaminhado ao especialista ou centro de especialidade. Existem algumas situações que mesmo sendo de alto risco podem ser acompanhadas pela atenção básica. Os tópicos que eu listei abaixo facilitam a organização de idéias separando os fatores de risco do pré-natal de alto risco que podem ser acompanhados na UBS dos que indicam referenciamento ou encaminhamento ao serviço obstétrico de urgência:
Fatores de risco que permitem a realização do pré-natal pela equipe de atenção básica
Idade < 15 ou > 35 anos; altura < 1,45m
Situação familiar ou conjugal insegura; baixa escolaridade da família
Ocupação que sujeite a gestante a esforço físico, estresse ou a exponha a agentes físicos, químicos ou biológicos.
IMC que evidencie baixo peso, sobrepeso ou obesidade
Síndromes hemorrágicas ou hipertensivas em gestação anterior
Intervalo entre partos < 2 anos ou > 5 anos; nuliparidade ou multiparidade (> 5 partos)
Gestação anterior com RN com restrição de crescimento, pré-termo ou malformado; macrossomia fetal
Cirurgia uterina anterior; três ou mais cesarianas
ITU ou anemia na gestação atual
Fatores de risco que indicam referenciamento da gestante ao pré-natal de alto risco
Comorbidades, como cardiopatias, pneumopatias, nefropatias ou endocrinopatias; doenças hematológicas; HAS; gestante portadora de doenças infecciosas; uso de drogas ilícitas; etc.
Morte intrauterina ou perinatal em gestação anterior
História prévia de doenças hipertensiva da gestação
Restrição do crescimento uterino
Polidrâmnio ou Oligodrâmnio
Gemelaridade
Malformações fetais ou arritmias fetais
Distúrbios hipertensivos da gestação ou DMG
ITU de repetição ou anemia grave
Desnutrição materna severa ou obesidade mórbida
Fatores de risco que indicam encaminhamento ao serviço de urgência obstétrica
Síndromes hemorrágicas, independente da dilatação cervical ou IG
Suspeita de pré-eclâmpsia, sinais premonitórios de eclampsia, eclampsia ou crise hipertensiva (PA > 160/110 mmHg)
Isoimunização Rh
Anemia com Hb < 8
Trabalho de parto prematuro ou IG > 41 semanas
Referências
BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Atenção ao pré-natal de baixo risco. Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2012.
Devido a alguns fatores de risco, algumas gestantes apresentam maior probabilidade de evolução desfavorável da gestação, sendo nesse caso chamadas de “gestantes de alto risco”. A avaliação do risco de uma gestante deve ser contínua, acontecendo em toda consulta de pré-natal, devido à velocidade com que as alterações podem surgir e a complexidade que podem possuir
O mais importante para o acompanhamento do pré-natal é saber diferenciá-lo quanto ao seu risco e saber que nem todo pré-natal de alto risco deve ser encaminhado ao especialista ou centro de especialidade. Existem algumas situações que mesmo sendo de alto risco podem ser acompanhadas pela atenção básica. Os tópicos que eu listei abaixo facilitam a organização de idéias separando os fatores de risco do pré-natal de alto risco que podem ser acompanhados na UBS dos que indicam referenciamento ou encaminhamento ao serviço obstétrico de urgência:
Fatores de risco que permitem a realização do pré-natal pela equipe de atenção básica
Idade < 15 ou > 35 anos; altura < 1,45m
Situação familiar ou conjugal insegura; baixa escolaridade da família
Ocupação que sujeite a gestante a esforço físico, estresse ou a exponha a agentes físicos, químicos ou biológicos.
IMC que evidencie baixo peso, sobrepeso ou obesidade
Síndromes hemorrágicas ou hipertensivas em gestação anterior
Intervalo entre partos < 2 anos ou > 5 anos; nuliparidade ou multiparidade (> 5 partos)
Gestação anterior com RN com restrição de crescimento, pré-termo ou malformado; macrossomia fetal
Cirurgia uterina anterior; três ou mais cesarianas
ITU ou anemia na gestação atual
Fatores de risco que indicam referenciamento da gestante ao pré-natal de alto risco
Comorbidades, como cardiopatias, pneumopatias, nefropatias ou endocrinopatias; doenças hematológicas; HAS; gestante portadora de doenças infecciosas; uso de drogas ilícitas; etc.
Morte intrauterina ou perinatal em gestação anterior
História prévia de doenças hipertensiva da gestação
Restrição do crescimento uterino
Polidrâmnio ou Oligodrâmnio
Gemelaridade
Malformações fetais ou arritmias fetais
Distúrbios hipertensivos da gestação ou DMG
ITU de repetição ou anemia grave
Desnutrição materna severa ou obesidade mórbida
Fatores de risco que indicam encaminhamento ao serviço de urgência obstétrica
Síndromes hemorrágicas, independente da dilatação cervical ou IG
Suspeita de pré-eclâmpsia, sinais premonitórios de eclampsia, eclampsia ou crise hipertensiva (PA > 160/110 mmHg)
Isoimunização Rh
Anemia com Hb < 8
Trabalho de parto prematuro ou IG > 41 semanas
Referências
BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Atenção ao pré-natal de baixo risco. Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2012.
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Data de inscrição : 25/09/2013
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