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Faringoamigdalite: Critérios clínicos para diferenciar entre etiologia viral e bacteriana

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Faringoamigdalite: Critérios clínicos para diferenciar entre etiologia viral e bacteriana Empty Faringoamigdalite: Critérios clínicos para diferenciar entre etiologia viral e bacteriana

Mensagem  Samuel Ferreira Seg Abr 20, 2015 8:15 pm

      Na clínica geral no Reino Unido, a incidência anual de faringite recorrente é de 100 em cada 1000 habitantes. Nos EUA, a faringite é responsável por 2.1% das consultas médicas ambulatoriais. A amigdalite aguda é mais comum em crianças com idade entre 5 e 15 anos. A prevalência de amigdalite bacteriana, especificamente a causada por estreptococos beta-hemolíticos do grupo A (GABHS), é de 15% a 30% das crianças com faringite e 5% a 15% dos adultos com faringite. A amigdalite aguda é mais comum no inverno e no começo da primavera em climas temperados, embora possa ocorrer em qualquer período do ano.
      A amigdalite é geralmente viral e é mais comumente causada pelo rinovírus, depois pelo coronavírus e pelo adenovírus. É menos comum que seja causada pelos vírus da gripe (influenza), parainfluenza, enterovírus ou herpes. Na amigdalite associada a mononucleose infecciosa, o agente infeccioso mais comum é o vírus Epstein-Barr.
      Os patógenos bacterianos comuns incluem os estreptococos beta-hemolíticos e outros estreptococos, sendo os estreptococos beta-hemolíticos do grupo A (GABHS) os mais comuns. Os GABHS são responsáveis por 15% a 30% de todos os casos de amigdalite aguda em crianças com idade entre 5 e 15 anos e 5% a 10% de todos os casos de amigdalite em adultos. Os estreptococos beta-hemolíticos do grupo C são a causa em cerca de 5% dos pacientes.

Critérios Centor
      Os critérios Centor fornecem uma indicação da probabilidade de uma faringite ser causada por infecção bacteriana. Os critérios são:
_ Exsudato tonsilar
_ Adenopatia cervical anterior sensível à palpação
_ História de febre acima de 38 °C
_ Ausência de tosse.

      Se 3 ou 4 dos critérios Centor forem atendidos, o valor preditivo positivo é de 40% a 60%. A ausência de 3 ou 4 critérios Centor tem um valor preditivo negativo razoavelmente alto de 80%.

Índice estreptocócico
      O índice estreptocócico fornece uma indicação da probabilidade de uma faringite ser causada por infecção por estreptococos beta-hemolíticos do grupo A (GABHS). Os critérios são:
_ Idade entre 5 e 15 anos
_ Estação do ano (final do outono, inverno, início da primavera)
_ Febre (≥38.3 °C )
_ Linfadenopatia cervical
_ Exsudato, edema ou eritema faríngeo
_ Ausência de sintomas de uma infecção viral do trato respiratório superior (conjuntivite, rinorreia ou tosse).

      Se 5 critérios forem atendidos, é predito que 59% das crianças tenham uma cultura positiva para GABHS; se 6 critérios forem atendidos, espera-se que 75% das crianças tenham cultura positiva.
      A cultura faríngea é o exame padrão para o diagnóstico definitivo de amigdalite bacteriana; porém, a demora dos resultados (geralmente mais de 48 horas) limita sua utilidade como primeiro exame.
      O exame quanto à presença de bactérias não é absolutamente necessário, embora seja feito rotineiramente em algumas partes dos EUA (com mais frequência que na maior parte do resto do mundo).

Referências:
1. BMJ Best Practice

Samuel Ferreira

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