Paciente etilista crônico com função hepática normal. Qual o melhor tratamento farmacológico?

Farmacoterapia deve ser utilizada em pacientes com uso moderado ou grave de álcool, que:
• Faz uso atual de quantidade excessiva e apresenta consequências negativas;
• Estão motivos a reduzir ou parar com a ingestão de álcool;
• Preferem medicação ao invés da intervenção psicossocial;
• Não apresentam contraindicação à droga a ser utilizada.
NALTREXONA — exerce seu efeito farmacológico através do bloqueio de receptores opióides, modulando a excitação e vontade de beber; é contraindicada em pacientes com falência hepática e hepatite aguda. A dose usual é de 50 mg/dia.
ACAMPROSATO — seu efeito principal é atribuído à modulação da neurotransmissão do glutamate. A dose usual é de 666 mg TID. Dose mais baixa pode ser utilizada, especialmente em pacientes com lesão renal, peso inferior a 60 kg ou história de resposta a baixa dosage. Aparentemente não apresenta efeitos satisfatórios em pacientes com ingestão muito elevada de álcool.
DISULFIRAM — causa um efeito aversivo quando da ingestão de bebida alcoólica concomitante ao uso dessa droga. Não apresenta influência sobre a motivação em beber. Dissulfiram inibe a aldeído desidrogenase, levando ao acúmulo de acetaldeído no sangue, o que causa efeitos desagradáveis como sudorese, cefaleia, dispneia, hipotensão, rubor, palpitação, náusea, vômito e hiperatividade simpática. É contraindicado em pacientes com doença miocárdica grave e/ou oclusão coronária, psicose ou hipersensibilidade conhecida à droga. A dose inicial é de 500 mg/dia, por uma a duas semanas, seguida por manutenção de 250 mg/dia.

JOHNSON, B. A. Pharmacotherapy for alcohol use disorder. UpToDate 2013. Disponível em: < http://www.uptodate.com. Acesso em: 04/12/2013