Diagnóstico de subluxação do ombro
MEDICINA UFOP :: 2013-1 :: Thiago
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Diagnóstico de subluxação do ombro
Na subluxação da gleno-umeral, a perda de contato parcial é muitas vezes momentânea e a cabeça umeral de modo rápido e espontaneamente, volta à sua posição normal. Pelo contrário, na luxação não acontece recolocação da cabeça umeral de modo espontâneo e imediato.Existem testes e sinais para avaliação da estabilidade do ombro, os quais serão especificados abaixo.
AVALIAÇÃO CLÍNICA
A história clínica (como sucederam as sub/luxações) é fundamental para começar a caracterizar a instabilidade.
TESTES E SINAIS RELACIONADOS À ESTABILIDADE
O exame clínico assenta sobretudo na verificação de fatores de risco como a hipermobilidade articular, a alteração do ritmo escapulo-torácico, e da verificação de sinais de instabilidade. Estes caracterizam-se sobretudo pela apreensão (medo) que o doente expressa em determinadas posições do ombro e não por testes dolorosos.
Teste da apreensão – o examinador, colocando-se atrás do paciente, faz, com uma das mãos, abdução, rotação externa e extensão passiva forçada do braço do paciente, ao mesmo tempo em que pressiona com o polegar da outra mão a face posterior da cabeça do úmero. Quando há insabilidade anterior, a sensação de luxação iminente produz temor e apreensão no paciente.
Teste da instabilidade posterior (Teste de Fukuda) – o examinador faz adução, flexão e rotação interna passivas do braço do paciente, procurando deslocar posteriormente a cabeça do úmero. Quando há instabilidade, a cabeça do úmero resvala na borda posterior da cavidade glenoidal e subluxa.
Teste da gaveta ântero-posterior – colocando-se atrás do paciente, que está em pé ou sentado e com o braço ao lado do corpo, o examinador fixa com uma das mãos, espalmada sobre o ombro, a escápula do paciente e, com a outra, segura firmemente a cabeça do úmero, procurando deslocar em sentido ântero-posterior. Deslocamento menor que 25%, pode ser considerado hiperelasticidade articular, porém queixa clínica e dor com deslocamento semelhante ou maior indica frouxidão ou instabilidade capsuloligamentar.
Teste do sulco – o braço do paciente, apoiado ao lado do corpo, é puxado em sentido caudal. O aparecimento de sulco maior ou igual a 1 cm, entre o acrômio e a cabeça do úmero indica frouxidão capsoligamentar.
Teste da translação – o paciente é posicionado em decúbito, com o braço na borda da maca e completamente relaxado. As translações ântero-posterior e inferior são testadas com o braço em abdução discreta e rotação neutra. Em seguida, o braço é abduzido em 45°, para avaliar o ligamento glenoumeral médio. Com o braço abduzido a 90° testa-se o ligamento glenoumeral inferior. A translação posterior é avaliada com o braço aduzido e leve flexão.
Teste da recolocação – o paciente é colocado em decúbito dorsal, com o cotovelo fletido em 90°. A seguir, seu braço é abduzido em 90° e colocado em rotação externa máxima por uma das mãos do examinador, que com a outra segura a cabeça do úmero e traciona para cima, procurando subluxá-la. Essa manobra provoca dor nos pacientes com subluxação anterior. Em seguida, o examinador empurra a cabeça do úmero para baixo, procurando reduzi-la. Neste momento a dor cessa nos pacientes com subluxação.
EXAMES DE IMAGEM
Radiografia (AP, perfil e transaxilar) - Os exames radiográficos podem, pela existência de erosão do rebordo anterior da glenoide e pela existência de lesão da face posterior da cabeça umeral dar sinais indiretos da direção e grau da instabilidade.
TC - é de interesse muito reduzido mas pode ser utilizada para quantificar as perdas ósseas.
RNM - deve ser utilizada para a investigação de lesões do labrum e dos ligamentos capsulares em doentes sem episódios de luxação, ou naqueles em que a direção da luxação não pode ser definida clinicamente.
REFERÊNCIAS:
HEBERT, Sizímo... [et al.]. Ortopedia e traumatologia: princípios e práticas. 4.ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.
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