Tinea capitis no adulto
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Tinea capitis no adulto
A tinea capitis é uma infecção por fungos dermatófitos do couro cabeludo, sendo uma patologia rara no adulto, mesmo em áreas geográficas onde a doença é prevalente. Nestes casos, está muitas vezes, mas não exclusivamente, associada à imunodepressão e habitualmente surge por exposição ao agente infeccioso em contactantes próximos. As manifestações clínicas são variáveis, desde lesões inflamatórias eritemato-descamativas, com ou sem alopécia, kérion ou até mesmo lesões não-inflamatórias. Desse modo, no diagnóstico diferencial, impõe-se considerar várias patologias que podem afetar o couro cabeludo, tais como foliculite, dermatite seborreica, psoríase, lúpus eritematoso ou celulite dissecante. São fundamentais uma história clínica e um exame objetivo minuciosos que permitam equacionar a tinha do couro cabeludo como hipótese diagnóstica e proceder à colheita de amostras para exame micológico. Essa metodologia pode evitar a realização de exames complementares exaustivos ou a prescrição de tratamentos inadequados.
Como já relatado, o diagnóstico de tinea capitis não é frequente em adultos. A literatura aponta alguns fatores eventualmente implicados. Em primeiro lugar, o papel do aumento da quantidade de ácidos graxos saturados no sebo com a puberdade, com alegado efeito anti-fúngico; a espessura maior do cabelo do adulto que protege contra invasão por dermatófitos e também a colonização do couro cabeludo por Malassezia furfur que interfere com a infecção por dermatófitos (as lipases da Malassezia furfur hidrolisam triglicéridos aumentando os ácidos graxos com atividade anti-fúngica). Também está descrita uma maior prevalência de tinea capitis em adultos com uma resposta imunitária específica deficitária como, por exemplo, nos indivíduos com infecção HIV. A identificação do agente causal é útil para orientar a abordagem terapêutica e as medidas preventivas a instituir.
O diagnóstico de tinea capitis no adulto, apesar de raro, não deve deixar de ser considerado. Reforça-se o importante papel do dermatologista na sua identificação e tratamento correto, não esquecendo-se da pesquisa de imunossupressão e a identificação de uma eventual infecção nos contactantes.
Em relação ao tratamento, a terapia antifúngica sistêmica oral é necessária. Os agentes tópicos não são eficazes porque não penetram na haste capilar, onde reside a infecção fúngica. Entre as opções, temos: griseofulvina 500-1000 mg por via oral uma vez ao dia ou em 2 doses fracionadas durante 6-8 semanas; ou terbinafina 250 mg por via oral uma vez ao dia durante 6 semanas; ou itraconazol 200 mg por via oral uma vez ao dia durante 2-4 semanas.
Fonte: Revista SPDV 70(2) 2012; Sónia Fernandes, Vasco Coelho Macias, Teresa Araújo, Cândida Fernandes, Raquel Vieira, Maria José Silvestre,
Jorge Cardoso; Tinea capitis no adulto.
BMJ, 2014.
Como já relatado, o diagnóstico de tinea capitis não é frequente em adultos. A literatura aponta alguns fatores eventualmente implicados. Em primeiro lugar, o papel do aumento da quantidade de ácidos graxos saturados no sebo com a puberdade, com alegado efeito anti-fúngico; a espessura maior do cabelo do adulto que protege contra invasão por dermatófitos e também a colonização do couro cabeludo por Malassezia furfur que interfere com a infecção por dermatófitos (as lipases da Malassezia furfur hidrolisam triglicéridos aumentando os ácidos graxos com atividade anti-fúngica). Também está descrita uma maior prevalência de tinea capitis em adultos com uma resposta imunitária específica deficitária como, por exemplo, nos indivíduos com infecção HIV. A identificação do agente causal é útil para orientar a abordagem terapêutica e as medidas preventivas a instituir.
O diagnóstico de tinea capitis no adulto, apesar de raro, não deve deixar de ser considerado. Reforça-se o importante papel do dermatologista na sua identificação e tratamento correto, não esquecendo-se da pesquisa de imunossupressão e a identificação de uma eventual infecção nos contactantes.
Em relação ao tratamento, a terapia antifúngica sistêmica oral é necessária. Os agentes tópicos não são eficazes porque não penetram na haste capilar, onde reside a infecção fúngica. Entre as opções, temos: griseofulvina 500-1000 mg por via oral uma vez ao dia ou em 2 doses fracionadas durante 6-8 semanas; ou terbinafina 250 mg por via oral uma vez ao dia durante 6 semanas; ou itraconazol 200 mg por via oral uma vez ao dia durante 2-4 semanas.
Fonte: Revista SPDV 70(2) 2012; Sónia Fernandes, Vasco Coelho Macias, Teresa Araújo, Cândida Fernandes, Raquel Vieira, Maria José Silvestre,
Jorge Cardoso; Tinea capitis no adulto.
BMJ, 2014.
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