Indicação do uso de dois antidepressivos no tratamento de depressão
MEDICINA UFOP :: 2013-1 :: Raphael
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Indicação do uso de dois antidepressivos no tratamento de depressão
O tratamento na fase aguda visa atingir a remissão completa dos sintomas ou o mínimo de sintomas residuais. Se a resposta for mínima ou ausente após 4 semanas de quaisquer antidepressivo (AD), apesar de incrementos nas doses ou máximas toleradas, deve-se trocar o antidepressivo, de preferência por outro de classe diferente. Se houver resposta parcial, a conduta é otimizar o tratamento.
É importante lembrar que há a necessidade de tratamento de manutenção para evitar sintomas residuais e para diminuir recidivas. Essa estratégia de tratamento (com duração de, por exemplo, 4-9 meses) é geralmente indicada para pacientes que respondem ao tratamento agudo da depressão unipolar. Tratamento de manutenção adicional (duração, por exemplo, um a três anos) é indicado para pacientes com um risco aumentado de recorrência devido a:
Maus tratos na infância (abuso físico ou sexual, negligência ou violência familiar ou conflito)
Idade de início precoce da depressão unipolar (por exemplo, ≤ 18 e 21 anos de idade)
Uma história de vida de pelo menos dois ou três episódios depressivos maior
Sintomas depressivos residuais persistentes, especialmente distúrbios do sono
Comorbidades psiquiátricas
Estressores ou prejuízo psicossocial (por exemplo, o conflito civil ou incapacidade para o trabalho)
A história familiar de transtorno de humor
No UpTodate, há um questionário de saúde do paciente nove itens (PHQ-9), um auto-relatório padronizado que pode ser usado para diagnosticar depressão e avaliar sua gravidade. Ele também pode ser usado para determinar a resposta ao tratamento (medicamento ou psicoterapia). A pontuação de> 20 no PHQ-9 indica depressão grave, enquanto que um escore <6 indica remissão. Uma diminuição ≥ 50 por cento indica uma resposta clínica significativa.
Se o paciente com o diagnóstico de depressão não responder ao primeiro AD, o médico deve revisar o diagnóstico a procura de co-morbidades e sinais sugestivos de TAB, por exemplo. Ao excluir diagnósticos diferenciais, o médico pode trocar o AD ou combinar com dois AD. A vantagem da troca de AD é a manutenção de apenas um medicamento. Se o paciente não obteve resposta com o primeiro, outro AD de mecanismo de ação diferente pode ser a solução. Nessa situação, inicia-se na retirada gradual do remédio, pois o paciente pode experimentar síndrome de descontinuação ao antidepressivo.
A estratégia de combinação terapêutica é indicada na depressão grave e resistente ao tratamento monoterápico. Geralmente, refere-se a essa combinação o fato de adicionar ao AD um outro composto de eficácia estabelecida como agente único no tratamento de depressão. Nesse contexto, é importante salientar que NUNCA deve ser combinados ISRS, venlafaxina, duloxetina ou clomipramina com IMAOs.
Referências
1. Neto L, Mario, R. Psiquiatria básica. Porto Alegre: Artmed, 2007
2. Gabbard, GO. Tratamento dos transtornos psiquiátricos. Porto Alegre: Artmed, 2009
3. katon, W, Ciechanowski, P. Initial treatment of depression in adults. Acessado em 25 de junho de 2013. Disponível em: http://www.uptodate.com/contents/initial-treatment-of-depression-in adults?detectedLanguage=pt&source=search_result&translation=depression&search=depress%C3%A3o&selectedTitle=1~150&provider=google#H27
4. Robin, B, Sanders, J. Unipolar depression in adults: Continuation and maintenance treatment. Acessado em 25 de junho de 2013. Disponível em: http://www.uptodate.com/contents/unipolar-depression-in-adults-continuation-and-maintenance-treatment?source=see_link#H14391901.
É importante lembrar que há a necessidade de tratamento de manutenção para evitar sintomas residuais e para diminuir recidivas. Essa estratégia de tratamento (com duração de, por exemplo, 4-9 meses) é geralmente indicada para pacientes que respondem ao tratamento agudo da depressão unipolar. Tratamento de manutenção adicional (duração, por exemplo, um a três anos) é indicado para pacientes com um risco aumentado de recorrência devido a:
Maus tratos na infância (abuso físico ou sexual, negligência ou violência familiar ou conflito)
Idade de início precoce da depressão unipolar (por exemplo, ≤ 18 e 21 anos de idade)
Uma história de vida de pelo menos dois ou três episódios depressivos maior
Sintomas depressivos residuais persistentes, especialmente distúrbios do sono
Comorbidades psiquiátricas
Estressores ou prejuízo psicossocial (por exemplo, o conflito civil ou incapacidade para o trabalho)
A história familiar de transtorno de humor
No UpTodate, há um questionário de saúde do paciente nove itens (PHQ-9), um auto-relatório padronizado que pode ser usado para diagnosticar depressão e avaliar sua gravidade. Ele também pode ser usado para determinar a resposta ao tratamento (medicamento ou psicoterapia). A pontuação de> 20 no PHQ-9 indica depressão grave, enquanto que um escore <6 indica remissão. Uma diminuição ≥ 50 por cento indica uma resposta clínica significativa.
Se o paciente com o diagnóstico de depressão não responder ao primeiro AD, o médico deve revisar o diagnóstico a procura de co-morbidades e sinais sugestivos de TAB, por exemplo. Ao excluir diagnósticos diferenciais, o médico pode trocar o AD ou combinar com dois AD. A vantagem da troca de AD é a manutenção de apenas um medicamento. Se o paciente não obteve resposta com o primeiro, outro AD de mecanismo de ação diferente pode ser a solução. Nessa situação, inicia-se na retirada gradual do remédio, pois o paciente pode experimentar síndrome de descontinuação ao antidepressivo.
A estratégia de combinação terapêutica é indicada na depressão grave e resistente ao tratamento monoterápico. Geralmente, refere-se a essa combinação o fato de adicionar ao AD um outro composto de eficácia estabelecida como agente único no tratamento de depressão. Nesse contexto, é importante salientar que NUNCA deve ser combinados ISRS, venlafaxina, duloxetina ou clomipramina com IMAOs.
Referências
1. Neto L, Mario, R. Psiquiatria básica. Porto Alegre: Artmed, 2007
2. Gabbard, GO. Tratamento dos transtornos psiquiátricos. Porto Alegre: Artmed, 2009
3. katon, W, Ciechanowski, P. Initial treatment of depression in adults. Acessado em 25 de junho de 2013. Disponível em: http://www.uptodate.com/contents/initial-treatment-of-depression-in adults?detectedLanguage=pt&source=search_result&translation=depression&search=depress%C3%A3o&selectedTitle=1~150&provider=google#H27
4. Robin, B, Sanders, J. Unipolar depression in adults: Continuation and maintenance treatment. Acessado em 25 de junho de 2013. Disponível em: http://www.uptodate.com/contents/unipolar-depression-in-adults-continuation-and-maintenance-treatment?source=see_link#H14391901.
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