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Incontinencia Fecal no Idoso

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Mensagem  Convidad Seg Jul 15, 2013 3:37 pm

O mecanismo complexo da continência anal depende da ação integrada da musculatura esfincteriana anal e dos músculos do assoalho pélvico, da presença do reflexo inibitório reto-anal, da capacidade, sensibilidade e complacência retal, da consistência das fezes e, finalmente, do tempo de trânsito intestinal. Uma perda de continência pode resultar de disfunção dos esfíncteres anais, complacência retal anormal, diminuição da sensibilidade retal, ou uma combinação de qualquer uma destas anormalidades. A incontinência é geralmente multifatorial e muitas vezes coexistem desarranjos. A insuficiência leve de qualquer um mecanismo geralmente não vai causar incontinência uma vez que os outros mecanismos para manter a continência geralmente pode compensar.  Assim é que, em condições ou patologias que alterem qualquer um desses mecanismos, tais como, diarréias, diabetes, doenças autoimunes, síndrome do cólon irritável, doenças inflamatórias intestinais, proctite de radiação, podem gerar incontinência. Também pode-se observar nos idosos quadros de pseudo-incontinência nas situações de impactação fecal ou "fecaloma retal". Nessas situações, a presença do bolo fecal, obstruindo a luz intestinal, promove uma irritação da mucosa intestinal que, secretando muco e associando-se aos resíduos fecais, pode gerar uma incontinência por "transbordamento".

Causas:

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Avaliação:



A avaliação dos pacientes incontinentes inicia-se com uma minuciosa história clínica e exame físico. Através da história clínica tenta-se determinar o grau de incontinência por meio de uma das escalas de incontinência existentes. Entre estas, tem-se a escala preconizada por Jorge e Wexner, que classifica a incontinência entre grau 0 a 20. Há também um questionário de avaliação qualidade de vida por Rockwood e aprovada pela Sociedade Americana de Coloproctologia. Como a incontinência é uma condição de repercussões por vezes subjetivas e difícil de se classificar, a utilização dessas escalas de qualidade de vida tem auxiliado sua interpretação e no encaminhamento dos pacientes para diferentes tipos de tratamento.
O exames complementares para diagnóstico incluem: manometria anorretal, a ultra-sonografia do canal anal e, em algumas situações especiais, o tempo de latência dos nervos pudendos.

Bibliografia:

UpToDate, artigo: Fecal incontinence in adults. Robson K, Lembo AJ.
Oliveira, L. Incontinência fecal. JBG, J. bras. gastroenterol., Rio de Janeiro,v. 6, n.1, p.35-37, jan./mar. 2006

 

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