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Tratamento de ITU de repetição: profilaxia e pós-coito

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Mensagem  brunoaraujo Ter Jun 02, 2015 5:12 pm

A antibioticoprofilaxia é o método mais efetivo na prevenção das infecções do trato urinário recorrente. Consiste na administração de antibióticos em doses baixas, podendo ser feita de forma contínua ou pós-coito.

Na antibioticoterapia contínua as opções mais comuns, com menores efeitos colaterais e pouco onerosas, incluem a nitrofurantoína na dose de 100 mg/dia, seguida da associação sulfametoxazol + trimetroprima (Bactrim) e de quinolonas (Floxacin), como se observa na Tabela:

Tratamento de ITU de repetição: profilaxia e pós-coito Cistite_t5

A duração da profilaxia deve ser de no mínimo seis meses e a urocultura deve ser solicitada ao término da terapêutica.
Sulfametoxazol + trimetoprima (SMX-TMP) na dose de 400+80 mg/dia reduz efetivamente o risco de infecção do trato urinário em cinco anos. Entretanto, pelo aumento da resistência bacteriana em até 70%, na América Latina, esse fármaco deve ser reservado somente a pacientes reconhecidamente não alérgicas e quando a prevalência local da resistência em urina isolada for conhecida e menor que 15% a 20%.

A profilaxia pós-coito reduz a frequência da cistite recorrente por meio de dose única de antimicrobiano após o coito. Os fármacos de escolha devem ser os mesmos da antibioticoprofilaxia contínua e indicados, sobretudo, nas pacientes em que a ocorrência da infecção do trato urinário está relacionada ao coito. Estudos mostram que este esquema é similar ao uso contínuo, porém com o benefício da utilização de quantidades menores do medicamento. Pode-se utilizar cotrimoxazol (400 + 80 mg), norfloxacino (200-400 mg), nitrofurantoína (50-100 mg), ciprofloxacino (125 mg). Contudo, deve-se evitar, sempre que possível, o uso de ciprofloxacino nessa condição, considerando a potencial importância deste antibiótico no tratamento de infecções sistêmicas graves, inclusive por Pseudomonas aeruginosa. As quinolonas não fluoradas, como o ácido Pipemidico, não estão indicadas em doses subletais por induzirem facilmente a resistência bacteriana.

Portanto, a profilaxia pós-coito possui resultados similares ao uso contínuo de antimicrobianos na redução da infecção urinária apenas quando os episódios da infecção estão relacionados com o ato sexual, podendo ter a vantagem do emprego de quantidades menores de antimicrobianos. Contudo, esse método é menos vantajoso quando as relações sexuais são realizadas com maior frequência.

Referências bibliográficas:
http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=5185
http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=5512

brunoaraujo

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