Úlceras venosas de membros inferiores
MEDICINA UFOP :: 2013-2 :: Michele
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Úlceras venosas de membros inferiores
Úlceras venosas são comuns na população adulta, causando significante impacto social e econômico devido a sua natureza recorrente e ao longo tempo decorrido entre sua abertura e cicatrização. Quando não manejadas adequadamente, as úlceras venosas têm altas taxas de falha de cicatrização e recorrência. Apesar da ampla variedade de fatores etiológicos, as principais causas de úlceras crônicas dos membros inferiores são as doenças venosa e arterial, sendo que 60 a 70% delas são devidas a problemas venosos, caracterizando a chamada úlcera venosa, e 10 a 25% à insuficiência arterial, a qual pode coexistir com doença venosa (úlcera mista). Em aproximadamente 3,5% dos pacientes, a causa da úlcera não é identificada.
O diagnóstico clínico de úlcera venosa baseia-se inicialmente na história e no exame físico. A instalação costuma ser lenta, mas em alguns casos pode
ser rápida. Os traumatismos nos membros inferiores são importantes fatores desencadeantes. Os pacientes costumam referir presença de varizes, e alguns podem ter história de episódio pregresso de trombose venosa profunda (TVP). A dor é sintoma freqüente e de intensidade variável, não sendo influenciada pelo tamanho da úlcera, já que lesões pequenas podem ser muito dolorosas, enquanto as grandes podem ser praticamente indolores. Quando presente, a dor piora ao final do dia com a posição ortostática e melhora com a elevação do membro.
Em geral a úlcera venosa é ferida de forma irregular, superficial no início, mas podendo se tornar profunda, com bordas bem definidas e comumente com exsudato amarelado.
Para abordagem terapêutica adequada são fundamentais os diagnósticos clínico e laboratorial corretos. Além de se estabelecer o diagnóstico de úlcera venosa, é importante reconhecer e tratar as complicações das úlceras crônicas, que são sobretudo as infecções de partes moles, dermatite de contato, osteomielites e, mais raramente, transformação neoplásica. O duplex scan é o exame não invasivo de escolha para avaliar o sistema venoso superficial, profundo e as perfurantes.
Os principais métodos destinados à cicatrização da úlcera são a terapia compressiva, tratamento local da úlcera, medicamentos sistêmicos (Drogas como pentoxifilina, aspirina, diosmina, capacidade de estimular a cicatrização) e tratamento cirúrgico da anormalidade venosa.
Após a cicatrização da úlcera, o grande desafio é evitar a recidiva. As duas principais medidas para alcançar esse objetivo são o uso de meias elásticas compressivas e a adequada intervenção cirúrgica para correção da anormalidade venosa. Lembrando que os portadores de úlcera venosa necessitam de
atendimento por equipe multidisciplinar – cirurgiões vasculares, dermatologistas, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, entre outros, que devem prestar assistência de modo conjunto e integrado, com objetivo de melhorar a abordagem e favorecer a relação custo/efetividade.
Referência Bibliográfica: Abordagem de pacientes com úlcera da perna de etiologia venosa*, Management of patients with venous leg ulcer * Luciana Patrícia Fernandes Abbade 1 Sidnei Lastória 2, An Bras Dermatol. 2006;81(6):509-22.
O diagnóstico clínico de úlcera venosa baseia-se inicialmente na história e no exame físico. A instalação costuma ser lenta, mas em alguns casos pode
ser rápida. Os traumatismos nos membros inferiores são importantes fatores desencadeantes. Os pacientes costumam referir presença de varizes, e alguns podem ter história de episódio pregresso de trombose venosa profunda (TVP). A dor é sintoma freqüente e de intensidade variável, não sendo influenciada pelo tamanho da úlcera, já que lesões pequenas podem ser muito dolorosas, enquanto as grandes podem ser praticamente indolores. Quando presente, a dor piora ao final do dia com a posição ortostática e melhora com a elevação do membro.
Em geral a úlcera venosa é ferida de forma irregular, superficial no início, mas podendo se tornar profunda, com bordas bem definidas e comumente com exsudato amarelado.
Para abordagem terapêutica adequada são fundamentais os diagnósticos clínico e laboratorial corretos. Além de se estabelecer o diagnóstico de úlcera venosa, é importante reconhecer e tratar as complicações das úlceras crônicas, que são sobretudo as infecções de partes moles, dermatite de contato, osteomielites e, mais raramente, transformação neoplásica. O duplex scan é o exame não invasivo de escolha para avaliar o sistema venoso superficial, profundo e as perfurantes.
Os principais métodos destinados à cicatrização da úlcera são a terapia compressiva, tratamento local da úlcera, medicamentos sistêmicos (Drogas como pentoxifilina, aspirina, diosmina, capacidade de estimular a cicatrização) e tratamento cirúrgico da anormalidade venosa.
Após a cicatrização da úlcera, o grande desafio é evitar a recidiva. As duas principais medidas para alcançar esse objetivo são o uso de meias elásticas compressivas e a adequada intervenção cirúrgica para correção da anormalidade venosa. Lembrando que os portadores de úlcera venosa necessitam de
atendimento por equipe multidisciplinar – cirurgiões vasculares, dermatologistas, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, entre outros, que devem prestar assistência de modo conjunto e integrado, com objetivo de melhorar a abordagem e favorecer a relação custo/efetividade.
Referência Bibliográfica: Abordagem de pacientes com úlcera da perna de etiologia venosa*, Management of patients with venous leg ulcer * Luciana Patrícia Fernandes Abbade 1 Sidnei Lastória 2, An Bras Dermatol. 2006;81(6):509-22.
Michele Araujo- Mensagens : 5
Data de inscrição : 25/09/2013
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